Quando falamos de auto-estima devemos lembrar que trata-se do quanto gosto de mim mesma, do quanto me considero merecedora de coisas positivas e quanto confio no meu próprio eu.
É o auto conceito que se elevado vai favorecer minha produtividade, minha capacidade de amar e de me relacionar com os outros.
Na verdade, é a chave para o bem estar da pessoa, é também o que vai permear as minhas escolhas na vida. Se me considero merecedora, vou atrás de tudo que quero.
Todos nós nascemos “príncipes”, mas vamos abandonando essa condição feliz e passamos a viver como “sapos”, ou seja infelizes, na medida em que queremos corresponder expectativas dos outros. Segundo Eric Berne, criador da Análise Transacional, quando nossa condição de “príncipe” é resgatada, voltamos a viver mais felizes. Isto é quando reencontramos nossa luz interior, quando tomamos consciência do quanto somos capazes de transformar, então assumimos as rédeas de nossa vida.
Buscar o auto conhecimento é uma forma de nos livrarmos da nossa tendência em querer agradar aos outros em detrimento daquilo que realmente desejamos, fato aprendido desde muito cedo e que nos faz afastar da nossa autonomia. Com uma auto estima elevada poderei conquistar a tão sonhada autonomia, voltar a condição de “príncipe”, e também pedir ajuda quando necessitarmos sem contudo, perdermos nossa independência.
Portanto, a capacidade de olhar para si mesmo e redecidir por novos comportamentos e novas atitudes trará maior amor próprio e capacidade para sabermos dos nossos limites. Elevaremos nossa auto-estima quando estivermos mais conscientes de nossos recursos o que possibilitará uma interação assertiva com o mundo, consigo mesmo e com os outros.
Lucia Helena Melo Mauro
Psicóloga